Desde 2014 é obrigatório a instalação de freios ABS em todos os veículos no Brasil. O sistema oferece uma maior segurança no trânsito, uma vez que evita o travamento repentino e derrapagem das rodas.
Mas você sabe como funciona essa tecnologia? No texto a seguir vamos esclarecer algumas dúvidas comuns a respeito do sistema, como por exemplo:
- O que é Freio ABS?
- Como o sistema funciona na prática?
- Quais são os componentes do sistema?
- Quais são os benefícios do Freio ABS?
Continue a leitura e descubra!
O que é Freio ABS?
Os freios ABS (Anti-lock Braking System) funcionam através de sensores localizados nas rodas que vão evitar que as mesmas sofram com travamentos repentinos ou derrapagens.
Portanto, ele é um sistema de segurança importante para os veículos, sendo acionado em situações de emergência com o intuito de prevenir acidentes.
Estima-se que, veículos com freios ABS são capazes de reduzir a distância de parada em até 30%. Com isso, o motorista ganha maior tempo de reação para desviar de obstáculos durante a frenagem.
Fique atento: sempre que você for ligar o carro uma luz amarela com a sigla ABS irá acender e logo em seguida se apagar no painel do veículo. No entanto, caso ela continue ligada pode ser sinal de que o sistema não está funcionando adequadamente.
Como funcionam os freios ABS?
O sistema ABS vai atuar em momentos de emergência com o intuito de oferecer maior estabilidade para o veículo. Portanto, seu acionamento se dará em condições adversas, como desníveis em pista molhada, frenagens em curvas, entre outras.
Basicamente, o sistema ABS é acionado em situações em que o motorista precisa “pisar fundo” no freio. Neste momento, é comum que ocorra o travamento das rodas, causando a derrapagem lateral ou perda do controle da direção. Entretanto, com a instalação da tecnologia isso não ocorrerá.
Para evitar o travamento, são instalados sensores que monitoram a rotação de cada roda, comparando-a com a velocidade do carro. Quando os freios ABS detectam que algumas das rodas tendem a travar ele intervirá em questão de milissegundos, de modo a regular a pressão de frenagem em cada roda.
Portanto, o sistema não é responsável por frear a roda, mas sim por aliviar e regular a intensidade da frenagem. Em situações de emergência isso garante que o veículo se mantenha estável.
Componentes do sistema
O sistema ABS conta com quatro componentes principais, são eles:
- Sensores de velocidade (um em cada roda): interpretam as informações de rotação das rodas e em caso de desalinhamento com a velocidade do veículo eles acionam o sistema;
- Bomba hidráulica: pressuriza o fluido de freio após o acionamento do sistema;
- Controlador eletrônico: pressuriza o fluido de freio após o ABS entrar em ação;
- Válvulas hidráulicas: controla a pressão dos fluidos em cada roda.
Veja o passo a passo do acionamento do sistema:
- O motorista pisa fundo no freio;
- Os sensores detectam que a desaceleração nas rodas está incompatível com a do veículo;
- A válvula hidráulica é ativada no freio da roda, o que vai reduzir sua força de frenagem, fazendo com que ela gire de forma mais rápida;
- A velocidade da roda é retomada e então a válvula introduz novamente a pressão para segurá-la, repetindo os dois ciclos do processo em um espaço de cerca de 15 segundos.
Benefícios do freio ABS
O principal benefício é, claro, a maior segurança proporcionada para os veículos em situações adversas. Além disso, o sistema também possibilita a introdução de outras tecnologias automotivas associadas.
Veja as principais vantagens em sua utilização:
- Contribui para a prevenção de acidentes;
- Mantém o controle da direção durante manobras;
- Menor tempo e distância de frenagem;
- Eficiência em diferentes pistas como areia, asfalto molhado etc;
- Possibilita novas tecnologias de segurança em decorrência de sua conexão em rede. É o caso de sistemas como o controle de tração e o controle de estabilidade, por exemplo.
E você sabia que a Mercedes-Benz foi pioneira na utilização de freios ABS? Isso mesmo, a marca alemã que é reconhecida por sua inovação automotiva foi a primeira montadora a utilizar o sistema em veículos de passeio, em 1978.
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