O uso de cinto de segurança veicular é obrigatório e o motorista que rodar sem o dispositivo fica sujeito ao pagamento de multa, além de descontos na CNH. Por isso, é fundamental conhecer as regras e a importância de conduzir sempre com essa ferramenta.
Neste artigo você vai conferir estatísticas que comprovam a importância do uso do cinto de carro, além de tirar dúvidas sobre o que diz a legislação sobre o assunto. Continue a leitura e confira em detalhes:
- Por que usar cinto de segurança veicular?
- Como funciona o cinto de segurança de carro?
- Legislação e multas relacionadas ao uso do cinto de segurança
Por que usar cinto de segurança veicular?
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), em 2019, o uso do cinto de segurança salvou cerca de 15.000 vidas.
O CDC também informou, em 2021, que os ocupantes de veículos que não usam cintos de segurança têm 30 vezes mais chances de serem ejetados do carro durante um acidente, e mais de três quartos desses indivíduos acabam morrendo devido aos ferimentos.
No Brasil, um estudo realizado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e a Seguradora Líder, em 2019, apontou que 28,3% das vítimas fatais de acidentes de trânsito não usavam cinto de segurança no momento do acidente.
Dados do Instituto de Segurança no Trânsito (IST) apontam que o uso de cinto de segurança reduz o risco de morte em cerca de 50% em caso de colisões. Além disso, a utilização da proteção reduz em até 40% o risco de traumatismo craniano, principal causa dos óbitos em acidentes no trânsito.
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Ergonomia
Você sabia que o cinto de segurança também é um item de ergonomia veicular? Isso mesmo, além de proteger o motorista e passageiros em acidentes, esse equipamento também ajuda os usuários a manterem uma boa postura durante a viagem.
Porém, quando usados incorretamente, podem ser muito prejudiciais. O cinto deve ficar posicionado sobre os ombros e a cintura, de modo a formar uma diagonal. É importante cuidar ainda para que o equipamento não fique apertado demais, mas rente ao corpo e nunca frouxo demais.
Como funciona o cinto de segurança de carro?
O cinto de segurança é um dispositivo que fica acoplado em veículos através de locais de fixação específicos, que podem estar dispostos de maneiras distintas dependendo do modelo do carro. Mas, em todos os casos, sua função é proteger o ocupante do veículo em casos de colisões, entre outros movimentos bruscos.
Atualmente, existem dois tipos principais de cinto de carro, são eles:
1. Cinto de segurança de dois pontos (cinto abdominal)
É encontrado principalmente em veículos mais antigos e em alguns assentos traseiros centrais de automóveis mais novos.
Esse modelo passa por cima dos quadris do ocupante e prende-se a um ponto de ancoragem no veículo.
O cinto de dois pontos ajuda a impedir que o ocupante seja ejetado do veículo durante um acidente, mas oferece proteção limitada, pois não restringe o movimento do tronco e da cabeça, aumentando o risco de lesões internas e no pescoço.
2. Cinto de segurança de três pontos (cinto diagonal e abdominal)
O cinto de segurança de três pontos é o tipo mais comum e eficaz de cinto de segurança usado atualmente. Ele consiste em uma combinação de uma tira diagonal que passa pelo peito e uma tira abdominal que passa pelos quadris, formando uma espécie de “Y”.
O cinto de segurança de três pontos é ancorado em três pontos: um no chão do veículo, um na lateral do assento e um acima do ombro do ocupante. Essa configuração distribui as forças de impacto por todo o corpo, reduzindo o risco de lesões internas e protegendo a cabeça e o pescoço do ocupante.
Desde 2020 é obrigatória a instalação desse modelo para todos os ocupantes em novos veículos fabricados no país.
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Legislação e multas relacionadas ao uso do cinto de segurança
O artigo 65 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, tanto para o condutor quanto para passageiros em território nacional:
“É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito)”.
A multa para quem descumprir essa regra é de R$195,23 e aplicação de 5 pontos na carteira. Importante deixar claro que ela será aplicada quando for detectado o não uso do cinto tanto pelo motorista, quanto pelos demais passageiros do veículo.
Cintos de segurança e crianças: principais regras
Outro importante assunto para ter conhecimento em relação ao cinto veicular está relacionado ao transporte de crianças. No Brasil, devem ser seguidas as orientações estabelecidas pela Resolução nº 277/2008 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). São elas:
- Crianças até 1 ano de idade: o transporte deve ser feito no banco de trás do veículo, em bebê-conforto, cuja posição deve ser de costas para o banco da frente;
- Crianças de 1 a 4 anos de idade: devem ser transportadas no banco traseiro do veículo, em cadeirinha com cinto de segurança, voltada para a frente do veículo;
- Crianças de 4 a 7 anos e meio de idade: o transporte deve ser feito no banco traseiro do veículo, em assento de elevação com cinto de segurança;
- Crianças de 7 anos e meio a 10 anos de idade: devem utilizar o cinto de segurança do veículo no banco traseiro;
- Crianças com mais de 10 anos de idade: podem utilizar o cinto de segurança do veículo no banco traseiro ou dianteiro.
O motorista que não respeitar as regras acima citadas está sujeito ao pagamento de multa gravíssima, que começa em R$293,47, além de receber 7 pontos na CNH.